Fonte: UNIFA http://www.aviacaonoticias.com/2010/03/ecemar-expoe-obras-de-arte.html
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Serrão é premiado em salão no RJ
Fonte: UNIFA http://www.aviacaonoticias.com/2010/03/ecemar-expoe-obras-de-arte.html
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
sábado, 18 de julho de 2009
terça-feira, 14 de julho de 2009
segunda-feira, 13 de julho de 2009
a cachoeira da noiva
-Você está assustando a menina. Disse Sandrinha em tom de cesura.
-foi mal. Respondi.
-uma piaba acaba de morder, quer me comer ainda vivo. Lá vai ela lá ô. É aquela colorida ali. Apontei e tornei coletivo meu infortúnio.
Depois de Pium, distrito de Nísia Floresta, existe uma cachoeira que aflora somente nos meses de chuva. Um lugar isolado. Poucas casas dividem a geografia com terrenos baldios e casas de gringos. O lugar é tão remoto que tem naturezas sem cercas. Não existe também poluição nem violência. Como numa máquina do tempo, os nativos dormem tranquilos. Suas ruas não tem nome. A água e a luz não tem preço.
O isolamento protege uma natureza exuberante. Cada curva de rio, cada sapinho, cada folha seca compõe um quebra cabeça puro. Uma composição. Uma sinfonia. Música para olhos e sentidos. Lugar de muitos caprichos, muita água e poucas garrafas petis. Suas águas, afloradas ou subterrãneas, potáveis, quase nunca banham o corpo de um nitrato qualquer.
O mais impressionante capricho da natureza no lugar é a Cachoeira da Noiva. Sua queda dágua parece um véu de noiva. Seu barulho, uma festa. Suas águas quentes convidam ao banho. Um cenário que é um luxo, convite a contemplação.
Nesta festa, cachoeira e rio, fui mordido por uma piaba. E é da natureza da piaba morder pra saber. Todos ali sabiam disso, inclusive a menina Lumiar.
Quando soube que o faniquito fora causado por uma piabinha, A menina Lumiar perdeu o medo, pôs os pés na água e voltou a nadar. O que ninguém sabia, nem seu pai Zé Carlos, nem sua Mãe Cristiane, era que a menina Lumiar falava o idioma dos peixes.
-Ela me disse que você só pinta passarinhos, pinte peixinhos que ela para de morder. Traduziu a menina Lumiar.
serrão
quinta-feira, 25 de junho de 2009
a poesia de Zé da Luz
AS FLÔ DE PUXINANÃ(Paródia de As "Flô de Gerematáia" de Napoleão Menezes)
Três muié ou três irmã,três cachôrra da mulesta,eu vi num dia de festa,no lugar Puxinanã.
A mais véia, a mais ribustaera mermo uma tentação!mimosa flô do sertãoque o povo chamava Ogusta.
A segunda, a Guléimina,tinha uns ói qui ô! mardição!
Matava quarqué critãoos oiá déssa minina.
Os ói dela pariciaduas istrêla tremendo,se apagando e se acendendoem noite de ventania.
A tercêra, era Maroca.Cum um cóipo muito má feito.
Mas porém, tinha nos peitodois cuscús de mandioca.
Dois cuscús, qui, prú capricho,quando ela passou pru eu,minhas venta se acendeucum o chêro vindo dos bicho.
Eu inté, me atrapaiava,sem sabê das três irmãqui ei vi im Puxinanã,qual era a qui mi agradava.
Inscuiendo a minha cruzprá sair desse imbaraço,desejei, morrê nos braços,da dona dos dois cuscús!