sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Serrão é premiado em salão no RJ

trabalho premiado

A Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica, durante as comemorações de seu aniversário, abriu suas dependências para renomados artistas. No decorrer do ano letivo, os corredores e salas da ECEMAR são tomados por trabalhos científicos voltados para a política e a estratégia, bem como o preparo e o emprego da FAB. Enriquecendo toda essa esfera específica, uma vez ao ano, os militares que compõem a Guarnição dos Afonsos são inundados pela beleza das artes plásticas presentes no Salão de Artes.
A exposição, que já está em sua 20ª edição, contou com a participação de 59 artistas, que brindaram o evento com 123 obras repletas de talento, sensibilidade, inteligência e beleza. O Salão de Artes da ECEMAR já possui sua própria história. Surgiu da idéia de um entusiasta das artes, o Coronel Aviador Ubirajara Carvalho da Cruz, ao organizar uma exposição, nos anos 80, com as obras dos alunos da Escola.
O evento chamava-se “Pratas da Casa”. Em 1991, a exposição passa a se chamar “Salão das Artes Plásticas – Pratas da Casa” e a partir de 1995 foi aberta à participação de toda a sociedade, fazendo com que hoje abrigue artistas de diversas técnicas e tendências.
O evento teve seu encerramento no último dia 25, sendo contemplados os artistas que tiveram suas obras analisadas pela comissão julgadora no dia anterior, nas seguintes categorias:
Premiação Geral: primeiro lugar para Edson Alcides de Góis, pela obra “Apoio Odontológico na II Guerra na Itália”; segundo lugar para Gabriel Vieira, pela obra Homem Pequeno, Touro Pequeno”, com a técnica xilogravura; e terceiro lugar para J. Fernandez, pela obra “A Pata Choca e Seus Patinhos”, com a técnica aquarela mista.Menção Honrosa: para Tânia Morgado, pela obra “Romântico”; para Vera Ferro, pela obra “A Rainha” e para Arlindo Machado, pela obra “Santa Teresa”, todas com a técnica óleo sobre tela.Menção Especial: para Lucia Perissé, pela obra “Abstração”, com a técnica acrílica sobre tela; para Rita Abraão, pela obra “A Partida”, com a técnica Aquarela e para Raf, pela obra “Cardoso Moreira – 1930”, com a técnica óleo sobre tela.Prêmio Jovem Artista: para Rafael Alves, pela obra “Quebra-Mar”, com a técnica acrílica sobre tela.Prêmio Voto Popular: para Flanklim Serrão, pela obra “Bar do Beco”, com a técnica acrílica sobre tela.
“Neste concurso de pintura eu sempre participo...Sinceramente está cada vez melhor. Desde o início venho acompanhando e... cada quadro mais lindo do que o outro.” J. Fernandez.

Fonte: UNIFA http://www.aviacaonoticias.com/2010/03/ecemar-expoe-obras-de-arte.html

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

sábado, 18 de julho de 2009

terça-feira, 14 de julho de 2009

segunda-feira, 13 de julho de 2009

a cachoeira da noiva


Foi depois do primeiro grito que a menina Lumiar pulou para a segurança do colo materno e tirou seus pés da água.

-Você está assustando a menina. Disse Sandrinha em tom de cesura.
-foi mal. Respondi.

-uma piaba acaba de morder, quer me comer ainda vivo. Lá vai ela lá ô. É aquela colorida ali. Apontei e tornei coletivo meu infortúnio.

Depois de Pium, distrito de Nísia Floresta, existe uma cachoeira que aflora somente nos meses de chuva. Um lugar isolado. Poucas casas dividem a geografia com terrenos baldios e casas de gringos. O lugar é tão remoto que tem naturezas sem cercas. Não existe também poluição nem violência. Como numa máquina do tempo, os nativos dormem tranquilos. Suas ruas não tem nome. A água e a luz não tem preço.

O isolamento protege uma natureza exuberante. Cada curva de rio, cada sapinho, cada folha seca compõe um quebra cabeça puro. Uma composição. Uma sinfonia. Música para olhos e sentidos. Lugar de muitos caprichos, muita água e poucas garrafas petis. Suas águas, afloradas ou subterrãneas, potáveis, quase nunca banham o corpo de um nitrato qualquer.

O mais impressionante capricho da natureza no lugar é a Cachoeira da Noiva. Sua queda dágua parece um véu de noiva. Seu barulho, uma festa. Suas águas quentes convidam ao banho. Um cenário que é um luxo, convite a contemplação.

Nesta festa, cachoeira e rio, fui mordido por uma piaba. E é da natureza da piaba morder pra saber. Todos ali sabiam disso, inclusive a menina Lumiar.

Quando soube que o faniquito fora causado por uma piabinha, A menina Lumiar perdeu o medo, pôs os pés na água e voltou a nadar. O que ninguém sabia, nem seu pai Zé Carlos, nem sua Mãe Cristiane, era que a menina Lumiar falava o idioma dos peixes.

-Ela me disse que você só pinta passarinhos, pinte peixinhos que ela para de morder. Traduziu a menina Lumiar.
Logo, em alto e bom som, o idioma piabês foi intendido por todos.

serrão

quinta-feira, 25 de junho de 2009

a poesia de Zé da Luz



AS FLÔ DE PUXINANÃ(Paródia de As "Flô de Gerematáia" de Napoleão Menezes)


Três muié ou três irmã,três cachôrra da mulesta,eu vi num dia de festa,no lugar Puxinanã.


A mais véia, a mais ribustaera mermo uma tentação!mimosa flô do sertãoque o povo chamava Ogusta.


A segunda, a Guléimina,tinha uns ói qui ô! mardição!


Matava quarqué critãoos oiá déssa minina.


Os ói dela pariciaduas istrêla tremendo,se apagando e se acendendoem noite de ventania.


A tercêra, era Maroca.Cum um cóipo muito má feito.


Mas porém, tinha nos peitodois cuscús de mandioca.


Dois cuscús, qui, prú capricho,quando ela passou pru eu,minhas venta se acendeucum o chêro vindo dos bicho.


Eu inté, me atrapaiava,sem sabê das três irmãqui ei vi im Puxinanã,qual era a qui mi agradava.


Inscuiendo a minha cruzprá sair desse imbaraço,desejei, morrê nos braços,da dona dos dois cuscús!