sábado, 11 de outubro de 2008

moura rabello e o tempo

moura rabello - retrato de augusto severo

vaqueiro de moura rabello

"Vim morrer na minha terra e desejo ser sepultado no túmulo de meus pais e meus irmão" (Moura Rabello - 1895/1979)



O poeta e pintor Moura Rabello é o exemplo autêntico do descaso potiguar. O que pensar de uma cidade que joga fora sua riqueza? Natal costuma fazer isso com seu patrimônio. Cada vez mais se parece com minha profecia: forte na sua imagem visual, fraca na sua concepção ideológica.
Moura Rabello foi um grande pintor, professor e poeta natalense, um pouco de sua poesia pode ser encontrada no livro: poetas do rio grande do norte (clima edições), o livro é uma coletânea de poesias de autores da década de 20. Suas públicações literárias são: Célia-poemas: a história de um amor,1934. Memórias de um Homem de Fé-reminicências-edição do amor,rio,1973.
Seus quadros é de um valor documental inestimável. Retratou figuras como Ferreira Itajubá (1916), Amaro Cavalcanti, Padre Guerra, general João Varela, entre outros. é de sua autoria também a tela "padre joão maria a caminho da caridade (1929) , "padre joão maria entre os humildes" e "baldo antigo"( os três desaparecidos). ainda podemos encontrar um pouquinho de sua pintura, algo em torno de quatro quadros, dois retratos pequenos e esses dois que eu postei. podem ser vistos na Pinacoteca do estado. O descaso dessa cidade com a cultura é assustador. A grande obra de Moura foi vendida, doada, infelizmente ou felizmente (se pensarmos em sua preservação), sumiu do RN.
serrão.

2 comentários:

Petrucia Nóbrega disse...

É bom saber que há pessoas com sensibilidade para fazer vibrar a memória poética de nossa cidade. Parabéns pelo espaço de torca de experiências, impressões, compreensões "sobarte"

Petrucia Nóbrega

serrão disse...

vou procurar fazer o possível petrucia. temos muito material bom, de poetas, artistas potiguares. isso tem que ir pra net.